CBD: Direito ao alívio? Riscos? Devemos autorizar esta substância?

CBD: Direito ao alívio? Riscos? Devemos autorizar esta substância?

É um verdadeiro debate que se arrasta há meses sobre a legalidade da comercialização do famoso “CBD” (Canabidiol). Amostras contendo esta substância canabinóide, que vem de plantas de cannabis proibidas na França, na maioria das vezes contêm traços de THC (tetrahidrocanabinol). Esta substância psicoativa, responsável pelo risco de dependência de cannabis, é proibida para uso e venda na França.


UMA OPÇÃO REAL PARA ALIVIAR CERTAS CONDIÇÕES MÉDICAS


Em junho de 2018, a MILDECA (Missão Interministerial de Combate às Drogas e Comportamentos Aditivos), durante atualização na legislação lembrou que o canabidiol não é canábis legal, e que o consumo desta não deve ser incentivado ou vendido sob o pretexto de virtudes terapêuticas, sendo esta promoção reservada apenas aos medicamentos autorizados.

Sob essas condições, a venda desses produtos à base de canabidiol é proibida na França, enquanto a substância em si não é. No entanto, existem indicações de que o canabidiol pode ser útil em certas situações médicas, particularmente no tratamento da epilepsia.

Quatro categorias de usuários que sofrem de uma doença podem se sentir preocupadas com esse uso de canabidiol. Os menos numerosos, mas os mais vulneráveis, podem ser crianças com epilepsia mal controlada pela medicação convencional. Alguns pais buscam legitimamente todas as soluções possíveis para limitar a intensidade e a frequência das convulsões. Os muitos estudos sobre ainteresse do canabidiol neste distúrbio (mais frequentemente associado a um medicamento antiepiléptico) pode levá-los a administrar a seus filhos produtos contendo canabidiol sem realmente conhecer a qualidade.

Uma segunda população é a de usuários de cannabis. Tem muito mais membros, dada a prevalência deste uso na França. Os produtos de canabidiol, muitas vezes destinados a serem fumados ou mesmo vaporizados, são falsamente oferecidos a essas pessoas como substituto legal da cannabis, ou mesmo como auxílio à abstinência.

Uma terceira população, a de indivíduos que sofrem de distúrbios psíquicos (ansiedade crônica, depressão crônica ou mesmo esquizofrenia), pode ser tentada a consumir o canabidiol em busca de um efeito ansiolítico ou antipsicótico, ou mesmo interromper seus tratamentos medicamentosos.

Por fim, a quarta população potencialmente exposta ao canabidiol seria composta por idosos que sofrem com dores leves e procuram alternativas às soluções medicamentosas.

Em um contexto de crescente desconfiança em relação aos medicamentos e à medicina alopática, baseada em evidências, um número crescente de indivíduos busca soluções não medicamentosas, na maioria das vezes de origem natural. Assim, são oferecidas preparações à base de canabidiol em lojas, na Internet ou em certas revistas.


CANABÍDIOL, SUBSTÂNCIA QUE APRESENTA RISCOS?


Um primeiro medicamento à base de extrato de cannabis (Epidiolex®), contendo canabidiol, obtido este ano nos Estados Unidos uma autorização de comercialização no tratamento de doenças epilépticas raras em crianças, além dos tratamentos antiepilépticos existentes. Um pedido está sendo examinado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para este medicamento, o que dá esperança para uma possível comercialização ao longo de 2019.

No entanto, estudos clínicos sobre essa molécula também relataram, entre os efeitos adversos mais frequentes, riscos de fadiga, sonolência e até letargia. Tanto mais frequente que o canabidiol será associado a outra substância que retarda o funcionamento do cérebro, como álcool, cannabis ou certas drogas psicotrópicas, como ansiolíticos, pílulas para dormir, analgésicos opióides.

Por outro lado, levando em consideração os conhecimentos científicos atuais, não foi demonstrado claramente o risco de dependência ou dependência ao canabidiol. Isso foi confirmado em junho de 2018 pelo Conselho de Revisão da Dependência de Drogas da Organização Mundial da Saúde. Esta substância também não é objeto de um relatório nesse sentido das autoridades de saúde francesas.

fontetheconversation.com/

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Sobre o autor

Tendo uma formação como especialista em comunicação, cuido por um lado das redes sociais do Vapelier OLF mas também sou editor do Vapoteurs.net.