Os maços de cigarros e outros produtos do tabaco importados ou fabricados na Europa receberão um código único. Os fabricantes financiarão a marcação e o rastreamento. O objetivo é combater o tráfico de tabaco.
A IMPRESSÃO NACIONAL IRÁ GERAR CÓDIGOS DE RASTREABILIDADE DO TABACO
Rastreabilidade do tabaco, vamos lá! Desde segunda-feira, a obrigatoriedade de marcação de cada maço de cigarros, para depois informar o seu percurso desde a fábrica até ao retalhista, será implementada em todos os países europeus em simultâneo. Prevista pela diretiva europeia de abril de 2014, a rastreabilidade foi transposta para a lei francesa em novembro e foi objeto de um decreto em março. Contrariamente aos atuais sistemas de marcação, iniciados e geridos pelos fabricantes, pretende ser independente: é a Gráfica Nacional que gera os códigos únicos afixados a cada produto do tabaco.
Loic Josseran, o presidente da associação aliança contra o tabaco “, está encantado com este progresso: « Finalmente seremos claros sobre a atividade e as vendas dos fabricantes. Quando interceptamos uma carga na França, saberemos se ela se destina ao mercado espanhol, francês ou belga ».
Segundo este ativista, o impacto do contrabando na França é deliberadamente superestimado pelos fabricantes, que divulgam números alarmistas para desacreditar as políticas públicas de combate ao tabagismo – embalagens simples ou aumento dos impostos especiais de consumo. « Vamos finalmente dissipar os rumores e mostrar que não são apenas as vendas na rede oficial que estão caindo, mas também a prevalência do tabagismo. »ele saúda.
A única desvantagem aos olhos de Loïc Josseran, os terceiros de confiança escolhidos para armazenar os códigos exclusivos – Atos, Dentsu Aegis, IBM, Movilizer, Zetes – alguns deles têm ligações indiretas com a indústria do tabaco, e « ainda pode interferir ».
A nova rastreabilidade permitirá tributar o tabaco comprado no exterior, espera o deputado Liberdade e Territórios François-Michel Lambert: « Dentro de três ou quatro anos saberemos quantos cigarros foram vendidos no Luxemburgo e consumidos em França. Podemos reivindicar a aplicação da tributação francesa », explica o ecologista eleito. Em Luxemburgo ou Andorra, as empresas de tabaco vendem muito mais maços do que a população local pode consumir. É uma forma deles irrigarem o mercado francês sem serem tributados em 80%, presumem as ligas antitabaco...
fonte : Lesechos.fr/
