Os estudos sobre o cigarro eletrônico se sucedem, mas não são iguais. Em caso de dúvida, o governo de Luxemburgo decidiu. Os cigarros eletrónicos serão proibidos em locais públicos no Luxemburgo da mesma forma que os cigarros normais. Contactado por O essencial, o Ministério da Saúde defende essa proibição, que entrará em vigor a partir de 20 de Maio de 2016, e explica o porquê.
«O cigarro eletrônico é menos perigoso que o cigarro tradicional, mas isso não quer dizer que esteja isento de perigos.“, diz uma porta-voz do Ministério da Saúde. Embora não existam estudos científicos suficientes que expliquem os efeitos a longo prazo do vaping ativo e passivo na saúde, o governo explica que baseou sua decisão "sobre prevenção e considerações de precaução". Segundo o ministério,o cigarro eletrónico constitui um potencial risco para a saúde, nomeadamente devido aos seus principais ingredientes: propilenoglicol, glicerina e nicotina (em concentrações variáveis)".
A má influência do vaping
Assim, o propilenoglicol penetraria nas partes profundas dos pulmões e poderia, mesmo após exposição de curto prazo, causar irritação nos olhos, faringe e trato respiratório. Além disso, um estudo americano publicado no início de dezembro aponta para a presença nos e-líquidos de vários produtos tóxicos, principalmente nos sabores doces populares entre os jovens.
Além disso, quando se trata de jovens, o ministério pensou muito neles ao decidir legislar sobre vaping. "O cigarro eletrônico simula e renormaliza o ato de fumar e, portanto, pode estimular a iniciação ao tabagismo levando à dependência da nicotina, principalmente nos jovens.“, argumenta o porta-voz do Ministério da Saúde.
Vaping para parar de fumar?
Em outubro, 120 médicos haviam lançado um apelo na França para defender o cigarro eletrônico. Eles recomendaram sem rodeiosa promoção de cigarros eletrônicos ao público em geral e à classe médica para desenvolver seu uso» vendo lá 
uma forma de reduzir o consumo de tabaco.
O Ministério da Saúde entende, mas segundo ele “os cigarros eletrônicos ficam em uma fronteira inconstante entre promessa e ameaça ao controle do tabaco". O governo, portanto, preferiuprevenir do que remediar".
fonte : lessentiel.lu
